DIAS FESTIVOS

Ano Novo Judaico

 

É igualmente conhecido como Yom Teruá: Dia de toque do shofar

O Rosh Hashaná é o Ano Novo Judaico e Dia do Julgamento, no qual Deus julga cada pessoa individualmente de acordo com as suas ações, e faz um decreto para o próximo ano. O festival é caracterizado pela mitzvah (mandamento) especial de tocar o shofar durante 10 dias antes de Rosh Hashaná, entre os Judeus Ashkenaz e todo o mês de Elul entre os Judeus Sefarditas são acrescentadas rezas especiais nas orações matinais, conhecidas como Selichotr.

 

Erev Rosh Hashaná (véspera do primeiro dia) — 29 Elul

Rosh Hashanah (ראש השנה, em Hebraico) — 1–2 Tishirei

Rosh Hashaná considerado pela Mishná como o novo ano para calcular os anos do calendário, leis de shmitá (ano sabático) e o Jubileu, dízimos de vegetais, e plantação de árvores (para determinar a idade de uma árvore).

Ao contrário que muitos acreditam, Rosh Hashaná não comemora a criação do mundo, mas sim a criação da alma neshamá de Adam (Adão). Comunidades reformistas celebram apenas um dia de Rosh Hashaná.

Nesta data é comum felicitar os convivas com a frase: "Shanaá Tova!" (Ano bom!), ou "Shaná Tová U'Metucá!" (Ano bom e doce!).

O Jejum de Guedalia     


Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como Aseret Yemei Teshuva. Durante este período é "extremamente apropriado" para os Judeus praticar Teshuvá (arrependimento, literalmente 'retorno'), a qual consiste em examinar as suas próprias ações e arrepender-se dos erros cometidos tanto contra Deus e o próximo, em antecipação do Yom Kippur. Aseret Yemei Teshuva

Este arrependimento pode tomar a forma de súplicas adicionais, confissão das próprias ações diante de Deus, jejum, e auto-reflexão. No terceiro dia, o JEJUN DE Gedalia.

Após a destruição do Primeiro Templo há 2.500 anos, a maioria do povo judeu foi exilada para a Babilônia. O conquistador, Nabucodonosor, terminou por facilitar algumas de suas restrições mais severas e permitiu que alguns judeus permanecessem na Terra de Israel. Ele chegou a designar um judeu justo, chamado Guedaliá, para administrar o território. Aos poucos, mais judeus que tinham escapado dos horrores da guerra para os países vizinhos começaram a voltar aos seus lares em Israel.

Guedaliá era realista sobre as limitações da soberania judaica. Ele compreendia que para sua auto-preservação, os judeus em Israel precisavam cooperar plenamente com a nação que tinha conquistado o seu país.

Porém esta política de subserviência era intolerável para alguns judeus. Um homem chamado Yishmael ben Netaniah, espicaçado pela inveja e influência estrangeira, promoveu um levante para ignorar o Rei da Babilônia. Em 3 de Tishrei, Yishmael traiçoeiramente assassinou Guedaliá, bem como muitos outros judeus e babilônicos.

 

Yom Kippur — Dia do Perdão

Erev Yom Kippur — 9 Tishrei

 

Yom Kippur (יום כיפור‎) — Nele, é dado especial ênfase ao perdão e à reconciliação. Comer, beber, tomar banho, untar-se com óleo, e relações íntimas são proibidas. O jejum começa ao pôr-do-sol, e termina depois da caída da noite no dia seguinte. Os serviços religiosos de Yom Kippur começam com a reza conhecida como Kol Nidrei, que tem de ser recitada antes do pôr-do-sol. Kol Nidrei, que em Aramaico significa "todos os votos", é a anulação pública de votos ou juramentos religiosos feitos por judeus durante o ano anterior. Apenas diz respeito a votos não cumpridos, feitos entre a pessoa e Deus, e não cancela ou anula os votos feitos entre pessoas.

A Talit (um xaile de orações de quatro pontas) é colocado para as rezas da noite. A Ne'ilá é um serviço religioso especial realizado apenas no dia de Yom Kippur, e prende-se com o encerramento da festividade. O Yom Kippur termina com o toque do shofar, que marca a conclusão do jejum. É sempre observado como uma festividade de um dia apenas, tanto em Israel como nas comunidades da Diáspora judaica.

Tradicionalmente os convivas desejam uns aos outros além de "Shaná Tová" (Ano bom), também é dito: Guimar Hatimá Tová (Que estejas inscrito no livro da vida).

 

Sucot 

Essas são as quatro espécies que são movimentadas:

Sucot (סוכות ou sucōt) é um festival que dura 7 dias, também conhecido como a Festa dos Tabernáculos. É um dos três festivais de peregrinação mencionados na Bíblia. A palavra sucot é o plural da palavra hebraica sucá, que significa cabana. Os Judeus são ordenados a residir em cabanas durante o período da festa, o que geralmente significa comer as refeições - mas alguns dormem também - na sucá. Existem regras específicas para construir uma sucá. O sétimo dia do festival é chamado Hoshaná Rabá.

Erev Sucot — 14 Tishrei

Sucot (חג הסוכות‎) — 15–21 Tishrei (22 fora de Israel)

Tradicionalmente os convivas desejam uns aos outros além de "Hág Sucót Sameach" (Feliz Festa de Sucót).

 

Shemini Atzeret e Simchat Toráh

 

Simchat Torá (שמחת תורה) significa "Alegria da Torá". Na verdade refere-se a uma cerimônia especial que tem lugar no feriado de Shemini Atzeret. Este feriado segue-se imediatamente à conclusão do festival de Sucot. Em Israel, Shemini Atzeret dura um dia e inclui a celebração de Simchat Torá. Fora de Israel, Shemini Atzeret é uma festa de dois dias e Simchat Torá é observado no segundo dia, o qual é em geral referido pelo nome da cerimónia.

A última porção da Torá é lida, completando o ciclo anual de leituras, seguido do primeiro capítulo do Gênesis. Os serviços religiosos são especialmente festivos, e todos os presentes, jovens e adultos, tomam parte na celebração. Um dos costumes mais populares é a retirada dos rolos da Torá da Arca Sagrada, e dançar eles na sinagoga. Em algumas comunidades, as danças decorrem também pelas ruas.

 

Chanucá — Festival das Luzes

Erev Chanucá — 24 Kislev

Chanucá (חנוכה‎) — 25 Kislev – 2 or 3 Tevet

A história de Chanucá é preservada nos dois Livros dos Macabeus. Estes livros não são parte do Tanach (Bíblia Hebraica). Não estão no cânon judaico. O milagre do pote de óleo de um dia ter, milagrosamente, durados oito dias, é descrito no Talmude.

Chanucá marca a derrota das forças do Império Seleucida que tentaram evitar que o Povo de Israel praticasse o Judaísmo. Judas Macabeu e os seus irmãos destruíram forças poderosas, e fizeram a rededicação religiosa do Templo de Jerusalém. Os oito dias do festival são marcados pelo acendimento de velas — uma na primeira noite, duas na segunda noite, e assim sucessivamente — usando um candelabro especial chamado Chanukkiá, ou menorá de Chanucá.

Existe o costume de dar dinheiro às crianças em Chanucá para comemorar o estudo da Torá às escondidas, quando os Judeus se reuniam no que parecia uma atividade de jogo naquele tempo, uma vez que a Torá estava proibida. Por causa disto, existe também o costume de jogar com o dreidel (chamado sevivon em hebraico).

Tradicionalmente os convivas desejam uns aos outros "Hânuca Sameach" - Feliz Chanucá.

 

Dez de Tevet

 

Este pequeno jejum marca o começo do cerco de Jerusalém, tal como é descrito no Livro dos Reis 25:1.

E aconteceu que no nono ano do seu reinado, no décimo mês, no décimo dia do mês, que Nabucodonossor Rei da Babilônia veio, ele e todo o seu exército, contra Jerusalém, e acampou contra ela; e eles construíram fortes à sua volta.

Como um pequeno jejum, é requerido jejuar da aurora ao anoitecer, mas outras leis do luto judaico não são observadas. A leitura da Torá e da Haftará, e uma reza especial durante a Amidá são acrescentadas nas rezas de Shacharit e Minchá.

T’u Bishvat  (חג האילנות - ט"ו בשבט‎) — 15 Shevat

T’u Bishvat é o ano novo para as árvores. De acordo com a Mishná, ele marca o dia em que os dizimos da fruta são contados em cada ano. Além disso, marca o ponto em que são contadas tanto a proibição bíblica de comer os frutos das árvores nos seus três primeiros anos, e a obrigação de trazer a orlá (fruto do quarto ano) ao Templo de Jerusalém. Nos tempos modernos, é celebrado comendo vários frutos e nozes associadas à Terra de Israel. Também é costume organizar atividades de plantação de árvores, em especial com as crianças.

 

Purim

 

Erev Purim e Jejum de Ester conhecido como "Ta'anit Ester" — 13 Adar

Purim (פורים‎) — 14 Adar

Shushan Purim — em 15 Adar é portanto chamado “Shushan Purim” e é um dia de júbilo e celebração também naqueles locais onde não é observado como o verdadeiro Purim.

Em algumas antigas cidades muradas – Jerusalém é o exemplo mais fundamental, Purim é observado não em 14 de Adar, a data de sua observância em todos os outros lugares, mas em 15 de Adar. Isto é para comemorar o fato de que na antiga cidade murada de Shushan, onde as batalhas entre os judeus e seus inimigos se estenderam por um dia adicional, a celebração original de Purim foi feita não no dia 14, mas a 15 de Adar.

Nos anos bissextos do calendário judaico, Purim é observado no Segundo mês de Adar (Adar Sheni).

Purim comemora os eventos descritos no Livro de Ester. Esta festa é celebrada pela leitura pública na sinagoga da história da Rainha Ester, durante a qual se fazem fortes ruídos cada vez que é mencionado o nome de Haman. Em Purim é tradição usar disfarces e máscaras e distribuir os Mishloach Manot (entrega de presentes de comida e bebida) aos pobres e necessitados. Em Israel também é tradição organizar marchas festivas, conhecidas como Ad-De'lo-Yada, nas ruas principais das cidades. Por vezes, as crianças mascaram-se e representam a história de Ester para os seus pais.

 

Novo Ano dos Reis — 1 Nisan.

 

Apesar de Rosh Hashaná marcar a mudança do ano no calendário, Nisan é considerado o primeiro mês do calendário judaico. A Mishná indica que o ano do reinado dos reis judeus era contado a partir de Nisan nos tempos bíblicos. Nisan é também considerado o começo do ano em termos da ordem das festividades.

Junto com este Ano Novo, a Mishná define outros três Anos Novos legais:

Primeiro de Elul, Ano Novo para os dízimos dos animais,

Primeiro de Tishrei (Rosh Hashaná), o Ano Novo para o ano do calendário e para os dízimos dos vegetais,

Quinze de Shevat (T’u Bishvat), o Novo Ano das Árvores e dos dízimos das frutas.

 

Pessach — Páscoa

Erev Pessach e Jejum dos Primogênitos conhecido como Ta'anit Bechorim — 14 Nissan.

Pessach/Páscoa (פסח) (primeiros dois dias) — 15 (e 16) Nissan,

O "Último dia de Pessach", conhecido como Acharon shel Pessach, é também uma festa que comemora Keriat Yam Suf, a Passagem do Mar Vermelho. — 21 (e 22) Nissan,

Os dias semi-festivos entre os "primeiros dias" "últimos dias" de Pessach são conhecidos como Chol HaMoed, ou seja os "Dias Intermédios".

Pessach comemora a libertação dos escravos Israelitas do Egito. Nenhum alimento fermentado é comido durante a semana de Pessach, em comemoração do fato de os Judeus terem saído tão apressadamente do Egito, que o seu pão não teve tempo suficiente para levedar.

O primeiro Seder de Pessach começa ao pôr do sol do dia 15 de Nissan. Na Diáspora, um segundo seder é realizado na noite de 16 de Nissan. Na segunda noite, os Judeus começam a contar o omer. A Contagem do Omer coincide com a conta dos dias, desde o tempo em que os Judeus deixaram os Egito até ao dia em que chegaram ao Monte Sinai.

Sefirat haomer — Contagem do Omer

Contagem do Omer (ספירת העומר, Sefirat Ha'Omer)

Sefirá é o período de 49 dias ("sete semanas") entre Pessach e Shavuot; é definido pela Torá como o período durante o qual oferendas especiais devem ser levadas ao Templo de Jerusalém. O Judaísmo ensina que isto torna física a ligação espiritual entre Pessach e Shavuot.

 

Lag Ba'Omer

 

Lag Ba'Omer (ל"ג בעומר, literalmente "33 do Omer") é o 33º dia da contagem do Omer. ל"ג é o número 33 em Hebreu. As restrições de luto em relação a actividades alegres existentes no período do Omer são levantadas em Lag Ba'Omer e há normalmente celebrações com churrascos, fogueiras e brincadeiras com arcos e flechas para as crianças. Em Israel, nos dias anteriores à festa, os jovens costumam reunir materiais para fazer grandes fogueiras ao ar livre.

 

Festas Nacionais Israelitas/Judaicas

 

Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o Rabinato Chefe de Israel estabeleceu quatro novas festividades judaicas.

  • Yom Yerushalayim — Dia de Jerusalém
  • Yom HaShoah — Dia da Memória do Holocausto
  • Yom Hazikaron — Dia da Memória pelos Soldados
  • Yom HaAtzmaut — Dia da Independência de Israel

Estes quatro dias são feriados nacionais no Estado de Israel, e em geral são aceitos como feriados religiosos pelos seguintes grupos: o Rabinato Chefe do Estado de Israel, The Union of Orthodox Congregations and Rabbinical Council of America (União das Congregações Ortodoxas e o Conselho Rabínico da América; The United Hebrew Congregations of the Commonwealth (Congregações Hebraicas Unidas da Comunidade Britânica Reino Unido); todo o Judaísmo Reformista e Conservador; The Union for Traditional Judaism (União para o Judaísmo Tradicional) e o movimento Reconstrucionista judaico.

Estas quatro datas não são aceites como feriados religiosos pela maioria do Judaísmo Charedi, que inclui o Judaísmo Hassídico. Estes grupos vêm estes dias como festas nacionais israelitas, e eles não celebram estas festas.

 

Yom HaShoá — Dia da Memória do Holocausto

 

Yom HaShoá (יום הזכרון לשואה ולגבורה‎) — 27 Nisan

O Yom HaShoá é também conhecido como o Dia da Memória do Holocausto, e tem lugar no dia 27 de Nissan.

Em Israel, por todo o país, tocam as sirenes durante dois minutos, em memória dos seis milhões de judeus mortos pelos nazis (nazismo) durante a II Guerra Mundial. É costume o trânsito parar nas cidades e os condutores saem dos seus carros e ficam de pé, em silêncio, durante o toque da sirene. Cerimônias especiais são realizadas no Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém. As escolas têm programas especiais nesse dia, com palestras de sobreviventes do Holocausto, que contam as suas histórias às crianças.

 

Yom Hazikaron — Dia da Memória dos Soldados

Yom Hazikaron (יום הזכרון לחללי מערכות ישראל‎) — 4 Iyar

Yom Hazikaron é o dia de memória em honra dos veteranos e soldados israelitas caídos nas guerras de Israel. O dia memorial também comemora os civis mortos em atos de terrorismo. 

 

Yom HaAtzmaut — Dia da Independência de Israel

 

Yom HaAtzmaut (יום העצמאות‎) — 5 Iyar

Yom HaAtzmaut é o Dia da Independência de Israel. Uma cerimônia oficial é realizada anualmente na véspera do Yom HaAtzmaut no Monte Herzl, em Jerusalém. A cerimônia inclui discursos dos mais importantes dignitários israelitas, uma apresentação artística, uma marcha de soldados com bandeiras que formam figuras elaboradas (como uma Menorá, uma Magen David e o número que representa a idade do Estado de Israel), e o acendimento de doze tochas (uma por cada Tribo de Israel). Dezenas de cidadãos de Israel, que contribuíram significativamente para o Estado, são selecionados para acender essas tochas.

Pequenas cerimônias idênticas são realizadas em todas as localidades do país, com a ativa participação das crianças e jovens. É costume as famílias realizarem churrascos nos parques das cidades.

 

Yom Yerushalaim — Dia de Jerusalém

 

Yom Yerushalayim (יום ירושלים‎) — 28 Iyar

O Dia de Jerusalém marca a reunificação de Jerusalém e o Monte do Templo sob o domínio judaico, durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, quase 1900 anos depois da destruição do Segundo Templo de Jerusalém.

 

Shavuot — Festa das Semanas — Yom HaBikurim

 

Erev Shavuot — 5 Sivan.

Shavuot (שבועות‎) — 6 Sivan (na Diáspora também no dia 7.

Shavuot, a Festa das Semanas (ou Dia de Pentecostes, na terminologia cristã), é um dos três festivais de peregrinação (Shalosh regalim) ordenados na Torá. Shavuot marca o fim da contagem do Omer, o período entre Pessach e Shavuot. De acordo com a tradição rabínica, os Dez Mandamentos foram dados neste dia ao Povo de Israel reunido na base do Monte Sinai. Durante esta festa, a porção da Torá que contém os Dez Mandamentos é lida na sinagoga, assim como o Livro de Rute. É tradição comer alimentos lácteos durante Shavuot.

 

Dezessete de Tamuz

 

O dia 17 de Tamuz tradicionalmente marca a primeira brecha das muralhas de Jerusalém durante a ocupação romana, na Época do Segundo Templo.

Por ser um dia de jejum menor, é requerido jejuar do nascer ao pôr do sol, mas outras leis do luto não são observadas. Nos serviços religiosos de Shacharit (oração matinal) e de Minchá (oração da tarde), são acrescentadas a leitura da Torá e a leitura da Haftará, e uma oração especial na Amidá.

 

As Três Semanas e os Nove Dias

As Três Semanas (Ben Hametzarim): de 17 de Tamuz (Tsom shiv'á asar betamuz) a 9 de Av (Tishá BeAv)

Os Nove Dias: 1 – 9 de Av

 

Os dias entre 17 de Tamuz e 9 de Av são dias de luto, em lembrança do colapso de Jerusalém durante a ocupação romana que ocorreu entre estas datas. Tradicionalmente, os casamentos e outras ocasiões festivas, não são realizados durante este período. Um elemento adicional é acrescentado neste tempo, durante os últimos nove dias, entre 1 e 9 do mês de Av — os religiosos abstêm-se de comer carne e beber vinho, exceto no Shabbat ou numa Seudat Mitzvá (uma refeição de mitzvá, tal como um Pidion Haben, que é a celebração do reconhecimento de um recém-nascido, ou a conclusão do estudo de um texto religioso). Da mesma forma, é costume não cortar o cabelo durante este período.

 

Tisha BeAv (צום תשעה באב‎) — 9 de Av

 

Tisha B'Av é o jejum e dia de luto que comemora dois dos mais trágicos eventos da História Judaica que ocorreram no dia 9 do mês de Av — a destruição pelos babilônicos, no ano 586 antes da Era Comum, do Templo de Salomão, ou Primeiro Templo de Jerusalém, e a destruição do Segundo Templo, no ano 70 da nossa era, pelos Romanos. Outras calamidades na História Judaica também tiveram lugar em Tisha BeAv, incluindo o édito do Rei Eduardo I, que forçava os Judeus a deixar a Inglaterra em 1290, e o Decreto de Alhambra, ou Édito de Expulsão dos Judeus de Espanha, pelos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em 1492.

Ano Novo para os Dízimos de Animais — Elul

Esta comemoração não é observada atualmente. Este dia foi estabelecido pela Mishná como o Ano Novo para os dízimos de animais, o que equivalia a um novo ano para o pagamento de impostos.

 

Rosh Chodesh — o Novo Mês

O primeiro dia de cada mês e o trigésimo dia do mês precedente, se ele tiver 30 dias, é (nos nosso tempo) uma festividade menor conhecida como Rosh Chodesh (a cabeça do mês). A única exceção é o mês de Tishrei, cujo começo é uma festividade solene e importante, Rosh Hashaná. Existem também rezas especiais que são ditas no momento em que se observa a Lua Nova pela primeira vez em casa mês.

 

Shabat — O Sábado — שבת

O quarto mandamento do decálogo. 

 

A Halachá, ou Lei Judaica atribui ao Sábado o estatuto de festival. Os Judeus celebram o Shabbat, um dia de descanso, no sétimo dia de cada semana. A Lei Judaica define que o término do dia ocorre ao anoitecer, que é quando o dia seguinte começa. Assim, o Shabbat começa ao pôr-do-sol de sexta-feira, e termina ao início da noite de Sábado. O caráter sagrado do dia proíbe que se cozinhe ou asse alimentos neste dia (Êxodo 16:22 a 24), onde o acender fogo ficou proibido (Êxodo 35:3).

Em muitos aspectos, a Halachá (Lei Judaica) atribui ao Shabat o nível do dia sagrado mais importante do calendário judaico.

É o primeiro dia santo mencionado no Tanach (Bíblia Hebraica), e Deus foi o primeiro a observá-lo, através da finalização da Obra da Criação do Mundo.

A liturgia judaica trata o Shabbat como “noiva” e “rainha”.

A leitura da Torá no Shabat tem mais aliyot do que em Yom Kippur, a mais solene celebração do calendário.

Existe a tradição que o Mashiach (o Messias Judeu) chegará se todos os Judeus cumprirem duas vezes o Shabbat.

 

Variações na observância

 

As denominações do Judaísmo Reconstrucionista e do Judaísmo Reformista geralmente consideram a Lei Judaica em relação a estas festas como importante, mas não obrigatória. O Judaísmo Ortodoxo e o Judaísmo conservador defendem que a Halachá em relação a estes dias é ainda normativa (ou seja, para ser aceita como obrigatória).

Existe um número de diferenças na prática religiosa entre os Judeus Ortodoxos e Conservadores, porque estas duas denominações têm diferentes perspectivas de compreensão do processo como a Halachá se desenvolveu ao longo do tempo e, da mesma forma, como ela pode ainda desenvolver-se.

 

Os Judeus Reformistas não observam o segundo dia das festas judaicas na Diáspora.